Historia da cruz do menino
Por volta de 1910 quando Abadia dos Dourados ainda pertencia ao município de Patrocínio, Pai e filho de uma Família “Abastada” (RICA) saíram para caçar, onde hoje é conhecida como região do Barro Branco; depois de um bom tempo de caçada resolveram parar para fazer sua “merenda” (Lanchar) logo decidiram ir embora para casa; chegando à sede da fazenda ao escurecer.
Assim que chegaram, o pai deu por falta da buzina que esses então usavam para chamar seus cães de caça, o pai então pede ao filho que retornasse ao lugar em que tinham repousado para a sua merenda, pois a buzina tinha ficado pendurada em um galho de arvore do local da parada. O filho então voltou em busca de buzina esquecida, quando o inesperado aconteceu, ele se deparou com um homem estranho que era apelidado de baiano e que acabou assassinando a criança com requintes de crueldade.
Na demora do filho o pai chamou alguns peões e retornou a procura da criança então o encontrou esfaqueado, e logo ali encontrou também o (baiano) que teria como nome Filogome, então eles o amarraram e o levaram para a fazenda. Fizeram um banquete, o assassino amarrado e sentado a mesa foi servido, cada uma das filhas e irmãs do menino colocaram um tipo de comida diferente na boca do assassino.
O pai e os peões decidiram levá-lo a cidade de patrocínio a mais próxima, mas no caminho próximo onde hoje é a região da “forca” resolveram matá-lo; logo ali haviam duas crianças que caçavam pássaros estas se aproximaram (uma dessas crianças se tornaria o pai da pessoa que contribuiu com todas essas informações contidas nesse texto, que é o verdadeiro rascunho da história contada pelo tal). Um deles, entre o Pai e os Peões mandou que essas crianças fossem embora dali, ouviu-se então alguém dizer: Vamos matá-lo aqui mesmo e então foi respondido pelo prisioneiro (Baiano) – Já matei muitos não tem importância morrer, logo em seguida as crianças que haviam saído da proximidade do grupo ouviram o barulho do tiro; o baiano havia sido atingido com um tiro no peito, tiro esse efetuado de uma espingarda carabina, veio do arraial um senhor com um carrinho de cabritos e o cadáver foi levado e enterrado no cemitério local, atual praça matriz de abadia dos Dourados.
No local onde o menino foi encontrado morto colocaram uma cruz, daí por diante as pessoas se reuniram no local para fazer orações, daí o nome CRUZ DO MENINO. Dizem que o menino está enterrado próximo a capela onde também existe uma cruz em porte menor, antigamente era feito ranchos para realização de festas depois surgiu uma pequena capela,essas festas geralmente ocorrem em janeiro.
A atual capela foi construída há12 anos pela senhora Atacília Olimpia Damas (Dona Tacila) cumprindo uma promessa de seu pai Serafim Zidoro Coelho. Também foi colocada uma cruz na proximidade da região da forca onde o Baiano foi morto.
Não se sabe dos descendentes da família do menino, a história é contada por muitas versões diferentes pois não foi registrada de nenhuma forma ,apenas um caso que é passado de geração a geração.
DENTRE OUTRAS VERSÕES SE CONTA:
- O menino foi levar almoço para o pai e foi morto por um “Baiano”
- O menino foi ao arraial buscar sal e o “Baiano” o matou para roubar o cavalo, logo o assassino foi perseguido e morto próximo a divisa de Abadia com Goiás (Davinopolis)
- E outras versões diferentes
- Pesquisa: Gilvane Vargas,professor Salvador e Vitor Melo